Tu és o louco da imortal loucura, o louco da loucura mais suprema. A terra é sempre a tua negra algema, prende-te nela a extrema desventura. Mas essa mesma algema de amargura, mas essa mesma desventura extrema faz que tua alma suplicando, gema e rebente em estrelas de ternura.
Tu és o poeta, a Assinalado, que povoas o mundo despovoado de belezas eternas, pouco a pouco.
Na natureza prodigiosa e rica, toda a audácia dos nervos justifica os teus espasmos imortais de louco!

Cruz e Souza, poeta.


(extraído da peça teatral Edson Dantas: O Anjo Terrível, escrita por Lula Dias - Folião e diretor do bloco carnavalesco “Largo do Machado, mas não Largo do Copo”, compositor, cineasta, ator e autor de teatro, poeta, escritor... e irmão de Edson Dantas)

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